Escândalo do “Leite Compensado”: Depósitos Clandestinos e Fraude em Produtos Lácteos no RS

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) revelou um esquema de adulteração de produtos lácteos conduzido pela empresa Dielat, envolvendo dois depósitos clandestinos localizados em Taquara. A operação, que resultou na prisão de cinco pessoas, identificou práticas de reprocessamento de leite vencido com a adição de soda cáustica e água oxigenada, substâncias nocivas à saúde.

Investigação e Prisões

Os depósitos armazenavam toneladas de produtos em condições impróprias para consumo, como itens vencidos, com bolor e contaminados por sujeira e insetos. Entre os presos está Sérgio Alberto Seewald, químico industrial conhecido como “mago do leite”, acusado de ser peça-chave na fraude.

Riscos à Saúde e Impacto no Mercado

De acordo com o MPRS, o uso das substâncias químicas tinha como objetivo mascarar a acidez do leite e reprocessar itens deteriorados, colocando a saúde dos consumidores em risco, inclusive com potencial carcinogênico. Marcas como Mega Milk, Mega Lac, Tentação e Cootall estão entre as comercializadas pela Dielat, com produtos disponíveis no Brasil e na Venezuela.

Repercussão

O Centro Estadual de Vigilância em Saúde recomendou a suspensão da venda dos produtos da Dielat até a conclusão das análises laboratoriais. Em nota, a empresa negou as acusações e afirmou que sua atuação é ética e regular.

Operação Leite Compensado

A operação, em andamento desde 2014, já investigou fraudes similares em outras empresas. As investigações continuam para identificar a participação de outros envolvidos no esquema.

Essa descoberta expõe os desafios de garantir a qualidade e segurança no setor de alimentos, destacando a importância de uma fiscalização rigorosa.

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