Pesquisa Workmonitor traz novos insights para gestores e profissionais de direito coletivo em 2025

O mercado de trabalho está passando por transformações que impactam tanto trabalhadores quanto empregadores. De acordo com o estudo Workmonitor 2025, pela primeira vez o equilíbrio entre vida pessoal e profissional superou o salário como critério principal na escolha de um emprego. Os profissionais também valorizam cada vez mais propósito, flexibilidade e pertencimento, tornando essencial a adaptação das empresas para atender a essas novas demandas.

Os dados do levantamento, realizado com mais de 26 mil profissionais em 35 países, indicam uma mudança de comportamento que impacta diretamente a gestão de pessoas. O desafio para empregadores e especialistas em recursos humanos está em encontrar formas de tornar o ambiente de trabalho mais atrativo e alinhado às expectativas dos trabalhadores.

O estudo revela que 48% dos profissionais não aceitariam um emprego em uma empresa cujos valores sociais ou ambientais não estejam alinhados com os seus, um aumento em relação ao ano anterior. Além disso, 55% afirmam que deixariam um emprego se não se sentissem pertencentes ao local de trabalho. Outro dado relevante aponta que 31% dos entrevistados já saíram de um emprego devido à falta de oportunidades de progressão na carreira.

Equilíbrio e pertencimento nas relações de trabalho

A flexibilidade tem sido cada vez mais valorizada pelos profissionais. A possibilidade de trabalhar remotamente ou em modelos híbridos, bem como a autonomia para definir horários, está entre os fatores que mais influenciam a permanência em um emprego. Empresas que adotam políticas nesse sentido tendem a apresentar menores taxas de rotatividade.

Outro aspecto que se destaca é o senso de comunidade no ambiente de trabalho. Os profissionais buscam, cada vez mais, locais onde se sintam valorizados e integrados, o que impacta diretamente na produtividade. A cultura organizacional, nesse contexto, passa a ter um papel essencial na retenção de talentos e na motivação das equipes.

Capacitação e desenvolvimento como diferenciais competitivos

A evolução do mercado de trabalho também exige atualização constante. Com os avanços tecnológicos, a demanda por novas habilidades cresce rapidamente. Contudo, há uma lacuna entre os profissionais que desejam se qualificar e aqueles que efetivamente recebem essa oportunidade dentro das empresas.

Muitas organizações já percebem que investir em capacitação impacta diretamente a retenção de talentos. Além disso, programas de qualificação reduzem defasagens técnicas e preparam equipes para desafios futuros. As empresas que oferecem oportunidades de aprendizado contínuo tendem a atrair profissionais mais engajados e comprometidos.

Desafios e oportunidades para empregadores e sindicatos

Diante dessas mudanças, os empregadores precisam reavaliar práticas internas para garantir ambientes de trabalho mais equilibrados e atraentes. Estratégias de retenção que contemplem benefícios flexíveis, programas de bem-estar e incentivo ao desenvolvimento profissional podem fazer a diferença na competitividade das empresas.

Para os sindicatos, a adaptação a esse novo cenário é igualmente essencial. A negociação coletiva tem papel central na formalização de direitos que atendam às expectativas dos trabalhadores, equilibrando demandas por remuneração justa e benefícios que vão além do salário. A atuação sindical, nesse sentido, ganha relevância ao mediar interesses e contribuir para um mercado mais dinâmico e alinhado às novas necessidades.

As mudanças no mercado de trabalho exigem que empresas e trabalhadores se adaptem a novas realidades. A construção de relações profissionais mais equilibradas passa pelo entendimento dessas transformações e pela adoção de práticas que atendam às expectativas das novas gerações. O desafio está em garantir um ambiente onde tanto empregadores quanto empregados encontrem vantagens no desenvolvimento de suas carreiras e negócios.

Nathália Pandeló
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