O Ministério Público do Rio (MPRJ) apresentou uma denúncia na terça-feira (30) contra Érika Souza, sobrinha de um idoso falecido, por desrespeito ao cadáver e tentativa de estelionato ao levá-lo a um banco para obter um empréstimo. Além disso, um novo inquérito foi aberto para investigar a possibilidade de homicídio culposo. A promotora de Justiça Débora Martins Moreira ressaltou o desprezo evidente de Érika pelo idoso ao levá-lo ao banco já sem vida.
De acordo com a denúncia, Érika levou o cadáver de seu tio, Paulo Roberto Braga, ao banco com a intenção de realizar uma transação financeira, mesmo ciente de seu falecimento. O documento destaca a conduta desrespeitosa e insensível de Érika ao permanecer no banco com o corpo do falecido, buscando sacar o dinheiro do empréstimo.
Além da denúncia formalizada pelo MPRJ, a solicitação de liberdade provisória da acusada foi contestada pelo Ministério Público. O delegado responsável pelo caso afirmou ter certeza de que Érika estava ciente do falecimento de Paulo enquanto o levava ao banco.
A investigação por homicídio culposo foi iniciada devido à suspeita de grave omissão de socorro por parte de Érika. O delegado destacou que, em vez de buscar ajuda médica para o idoso em situação crítica, ela optou por ir a um shopping, caracterizando uma omissão de socorro evidente.
As evidências apresentadas incluem testemunhos que indicam a tentativa de Érika de usar a conta bancária do tio para benefício próprio, mesmo após sua morte. O relatório do inquérito ressalta que as imagens captadas no banco mostram claramente que Paulo já estava morto quando foi levado por Érika, que tentou simular sua vida enquanto aguardava atendimento.
Embora não haja uma conclusão definitiva sobre o momento exato da morte de Paulo, o delegado argumenta que as evidências sugerem que ele já estava sem vida quando foi levado ao banco. A conduta de Érika, ao tentar realizar transações financeiras com o cadáver de seu tio, é considerada pela investigação como um ato de desrespeito e tentativa de obter ganho indevido.