Supremo determina uso de tornozeleira eletrônica para delegado envolvido no Caso Marielle
Na sequência da operação que levou à prisão de suspeitos vinculados ao assassinato da vereadora Marielle Franco, o delegado Giniton Lages, figura-chave na investigação, compareceu à Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) no Rio de Janeiro nesta segunda-feira (25) para o uso de uma tornozeleira eletrônica, uma das medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Essas medidas também se estendem ao chefe de investigação, Marco Antônio de Barros Pinto, e incluem o afastamento de ambos de suas funções como policiais civis durante o período das investigações.
Giniton, designado pelo então chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, foi o delegado encarregado do caso desde seu início. Barbosa, por sua vez, foi preso no domingo sob suspeita de acobertar o crime e de estar envolvido em seu planejamento.
Alegações indicam que Giniton teria deliberadamente desviado o curso das investigações para proteger os mandantes do crime, apresentando uma tese segundo a qual os executores materiais, Ronnie Lessa e Élcio Vieira de Queiroz, teriam agido motivados por ódio às posições políticas de Marielle.
As medidas cautelares contra Giniton incluem a suspensão do exercício de função pública, monitoração eletrônica, suspensão de porte e posse de arma de fogo, proibição de frequentar determinados lugares, de contatar outros investigados, testemunhas ou colaboradores, além do comparecimento periódico em juízo, proibição de se ausentar da comarca e entrega de passaportes.