Relatório da Polícia Federal revela que as investigações sobre cinco casos de homicídios violentos relacionados ao grupo conhecido como “Escritório do Crime” no Rio de Janeiro permaneceram inconclusas sob a responsabilidade da Delegacia de Homicídios (DH) da Capital. Estes assassinatos, ocorridos entre 2011 e 2018, foram predominantemente motivados por conflitos envolvendo o controle de caça-níqueis (veja lista detalhada abaixo).
Durante este período, Rivaldo Barbosa, ex-chefe da DH e da Polícia Civil do Rio, foi detido no último domingo (24) por suspeita de obstruir as investigações do caso Marielle Franco.
O “Escritório do Crime” é uma organização composta por policiais, ex-policiais e milicianos, conhecida por execuções brutais e com uma estrutura de cobrança que chega a até R$ 1,5 milhão por assassinato, utilizando armas de guerra em suas operações. Os primeiros registros das atividades da quadrilha remontam a 2009.
As recentes investigações da PF indicam que cinco dos crimes não resolvidos foram cometidos pelo miliciano Adriano da Nóbrega, também conhecido como Capitão Adriano, que foi morto em fevereiro de 2020 em um confronto com a polícia na Bahia, e pelo próprio “Escritório do Crime”.
Adriano foi um dos fundadores do grupo, ao lado do tenente João André e do ex-policial militar Antônio Eugênio de Souza Freitas, conhecido como Batoré, todos já falecidos.